sábado, 22 de março de 2008

Trânsito complicado: "Número de acidentes cresce mais que a frota em Maringá"

Neste ano, número de ocorrências foi 12% maior que no mesmo período do ano passado, enquanto número de veículos aumentou 9%. Setran prepara cartilha básica



Quando o arquiteto e urbanista Jorge de Macedo Vieira traçou avenidas com largura variando entre 30 e 46 metros na planta de Maringá, em 1943, o espaço parecia ser mais do que suficiente para evitar problemas de circulação do trânsito no futuro. Nessa mesma época, a frota de todo o Estado de São Paulo, onde residia Vieira, somava cerca de 50 mil carros de passeio. Hoje, apenas o trânsito de Maringá tem 187 mil veículos ? média de um para cada 1,7 habitante.

Problema de saúde pública, o número de acidentes de trânsito cresce mais rápido do que o volume de novos veículos que chegam às ruas diariamente. O Siate de Maringá atendeu a 674 acidentes de trânsito neste ano - aumento de 12% em relação a 2007. Em comparação, a frota do município aumentou 9% no período.

O acidente mais atendido pelo Siate é a colisão entre carro e moto. Foram 223 acidentes desse tipo no primeiro bimestre, 21% a mais que no ano passado. Em segundo lugar, estão os atendimentos a queda de motocicleta. Neste ano, foram atendidos 101 casos de pilotos que caíram de moto (sem bater em ninguém), número 16% maior que em 2007. Entre as 15 mortes no trânsito de Maringá no ano, oito são de motociclistas.

"A cidade cresceu, mas o comportamento dos motoristas parou no tempo", avalia Bárbara Marchesini, responsável pelo setor de estatísticas da Secretaria de Transportes (Setran) de Maringá.


Cartilha
A Setran pretende distribuir no próximo mês uma cartilha com informações básicas de trânsito aos motoristas. A decisão de fazer a cartilha foi tomada após as abordagens de motoristas durante blitze educativas. "Muitos motoristas disseram que a placa de "dê a preferência" significava o contrário", lembra.

Bárbara cita que o comportamento deslocado da realidade do trânsito em Maringá pode ser visto nas portas das escolas, com pais estacionando em fila dupla, nas conversões e retornos, e nas rotatórias. "Aqui em Maringá , talvez pelas ruas serem largas, muitos motoristas acham que devem circular apenas pela pista de dentro da rotatória", conta. O resultado é que 90% dos acidentes na cidade são por falha dos condutores.

Fonte: Jornal O Diário. Link para notícia original: http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/172367

Postagem: Cris, 2.o B

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