A atividade jurídica foi o setor que mais gerou empregos formais em Maringá, em 2008; Construção Civil e confecções aparecem em segundo e terceiro lugar
A advogada Simone Daiane da Costa, 25 anos, formou-se em 2007, foi aprovada no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em maio de 2008, e contratada por um grande escritório de Maringá.
A trajetória profissional da jovem advogada, até o momento, demonstra o atual cenário do setor jurídico do município. A contração de pessoas nos escritórios de advogados supera a demanda por pedreiros, mestre de obras e costureiras.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, desde janeiro, a atividade jurídica criou 850 empregos formais em Maringá. O setor ultrapassou a Construção Civil (853) e a confecção de peças do vestuário (477).
"Com o crescimento da cidade, surgem mais demandas jurídicas e, conseqüentemente, a presença do advogado é cada vez mais necessária", afirma Simone.
Na avaliação da vice-presidente da subseção da OAB, em Maringá, Sônia Regina Vieira Khoury, o município tornou-se uma referência em serviços jurídicos para indústrias e grandes empresas da região noroeste.
"O fato de a demanda por profissionais altamente qualificados, como advogados, ser maior do que a procura por profissionais com menor tempo de estudo, como pedreiros, dá outra dimensão à Maringá", avalia Sônia Regina.
O escritório que contratou Simone, por R$ 1,2 mil mensais, conta com uma equipe de 15 advogados e presta serviços jurídicos ao Banco Itaú. A demanda por advogados no município não é plenamente atendida pelos escritórios locais.
O crescimento da economia de Maringá colocou a cidade na mira das grandes bancas de advogados de São Paulo, fator que contribuiu para o crescimento da contratação no setor.
"Os grandes escritórios das capitais montam base no interior e isso explica o fato da atividade jurídica estar em primeiro lugar no aumento de emprego formal", afirma Sônia Regina.
Para a OAB Paraná, a vinda dessas empresas para o interior é uma estratégia para ampliar a carteira de clientes. Para isso, as opções envolvem a criação de subsidiárias ou convênios com escritórios estabelecidos no Estado.
Para contrabalançar a vinda de profissionais de fora, advogados da cidade investem no relacionamento com os clientes.
"Advocacia é uma profissão que envolve a confiança, uma pessoa não escolhe um advogado por outro motivo", ressalta Sônia Regina.
Fonte: Jornal O Diário Online. Link para notícia original: http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/201954
Postagem: Cris, PUC, Direito, 2o B
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