domingo, 8 de março de 2009

http://ti-ti-ti-candinha.blogspot.com/

Dois oficiais de Justiça apreenderam um computador suspeito de ter sido utilizado para criar, postar e liberar comentários no site Tititi Antisocial By Candinha, que há mais de dois anos atacava, anonimamente, a honra de juizes, advogados, médicos, empresários, profissionais liberais, donas-de-casa e até funcionários de lojas de grife da cidade.

As investigações correm em segredo de Justiça e o nome do suspeito só será revelado após a conclusão das investigações.

A apreensão – ocorrida em uma residência na zona norte de Maringá e que agitou a população de Maringá - foi feita no final da tarde de quinta-feira por ordem do juiz de Direito Givanildo Constantino, titular da 4ª Vara Criminal, em atendimento aos indícios colhidos pela promotora de Justiça Arisângela Cristina Tibeletti Vargas da Silva, também da 4ª Vara Criminal, que em setembro passado instaurou um pedido de providências com base em denúncias feitas por um grupo de pessoas atacadas pelo site.

Precavida, a promotora destacou que “a busca e apreensão não imputa a autoria do site a ninguém, e a verdade só virá à tona após a perícia no equipamento apreendido”.

Segundo a promotora, o trabalho – que não tem data para ser concluído - caberá a um perito a ser nomeado pela Justiça.


“Começo”

“É o começo de uma longa investigação e, se confirmadas as suspeitas, as provas poderão abastecer os mais de 20 processos por calúnia e danos morais – instaurados por pessoas que se julgaram caluniadas por postagens e comentários - que tramitam no Juizado
Especial Criminal”, frisou a promotora, observando que alguns detalhes não poderiam ser revelados.

A promotora ressalta que as pessoas que foram humilhadas e ofendidas pelo site poderão ingressar com ações de reparação de danos também contra o Google Brasil, que permitiu a criação e manutenção da página na rede mundial de computadores.

“Já existem casos julgados em várias regiões do país em que o Google foi condenado a indenizar vítimas de ofensas”, lembrou a promotora.


Investigações

As investigações – iniciadas no dia 9 de setembro passado e realizadas por um perito em internet - foram solicitadas por um profissional liberal que no ano passado teve sua honra – e da esposa - atacada por meio de uma postagem.

Os levantamentos iniciais revelaram que as postagens partiam de lan-houses situadas na Avenida Mandacaru, imediações da Universidade Estadual e Maringá, Sarandi e Marialva.

A identificação dos locais de postagem não serviu, no entanto, para apontar o dono do site. Suspeitando de que estava sendo investigado, ele chegou a publicar algumas postagens zombando da capacidade do perito.

No entanto, a certeza da impunidade levou o suspeito a cometer um erro fatal: em um certo dia, ele liberou dois comentários – feitos por freqüentadores do site – de sua própria residência.

Acionado pela Justiça, O Google Brasil repassou o número de identificação (IP) do computador utilizado para a liberação e a GVT, fornecedora do acesso à internet, revelou o nome do proprietário da linha telefônica e o endereço da residência.

Informações extra-oficiais dão conta de que alguns funcionários e donos de lan-houses teriam reconhecido a foto do suspeito, confirmando sua presença nos estabelecimentos nos dias e horários em que foram publicadas algumas postagens.


Acusação

Ontem, ao saber da suposta identificação da “Candinha” – como o site é conhecido na cidade –, uma mulher ligou para uma emissora de rádio para tentar saber o nome do suspeito.

Durante a conversa com um repórter, ela relatou que meses atrás teve seu nome envolvido em uma fofoca dando conta de que sua gravidez seria fruto de uma relação extra-conjugal. A mulher disse que os problemas gerados pela postagem a fizeram perder o bebê.

Os boatos de que a “Candinha” havia sido desmascarada levou o site a bater os recordes de acessos. Ontem, durante o horário do almoço, o site chegou a registrar mais de 100 visitas simultâneas.

Apenas no período compreendido entre dezembro do ano passado até ontem, o contador automático de visitas contabilizava 210.634 “bisbilhoteiros”, termo empregado pelo site para tratar os visitantes.

A última postagem - contra uma funcionária de uma loja de grife – foi feita às 21h37 de quinta-feira. Para as autoridades, seria uma suposta estratégia para confundir as investigações.

Fonte: Site O Diário de Maringá.

Postagem: Cris, PUC, Direito, 3o B.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se as postagens foram feitas em lan houses, de que adianta fuçar o computador do suspeito?