sábado, 16 de agosto de 2008

Maringaense gasta mais com fumo e bebida do que com livros



De tudo o que ganha, o maringaense reserva 0,64% de seu orçamento para comprar cigarro. A soma de todos os maços e boxes comprados na cidade em 2008 deve totalizar R$ 28.885.822. No mesmo período, o gasto com material escolar e livros representa apenas 0,46% do orçamento das famílias. Devem ser gastos, neste ano, R$ 20.594.654 com este tipo de produto.

As projeções fazem parte do estudo Brasil em Foco - Índice Potencial de Consumo (IPC) Target 2008, realizado pela consultoria Target Marketing, especializada em estudos de mercado.

A classe E, que inclui famílias com rendimento médio mensal de até R$ 342, é a que reserva uma maior proporção da renda para cigarros: 1,29%. A classe A1, com renda mensal familiar superior a R$ 13.680, gasta 0,12% de sua renda com fumo. No entanto, o montante que esta elite consome com cigarro, R$ 406.626, seria suficiente para cobrir toda a despesa que a classe E tem com medicamentos e artigos de limpeza .

O estudo Brasil em Foco demonstra que Maringá tem alto padrão de consumo, mas a concentração de renda permance elevada. O consumo das mil famílias mais ricas de Maringá é quase 35 vezes maior do que o total gasto pelas mil famílias de menor renda.

O consumo de bebidas no município deverá movimentar R$ 58 milhões em 2008. Somando o valor de tudo o que as mil famílias mais ricas de Maringá bebem em 12 meses, seria possível alimentar as mil famílias mais pobres durante 19 meses.

As pessoas com menor renda no município comprometem mais de 60% de seu rendimento com alimentação, água, energia elétrica, telefone e aluguel. Para os ricos, essas despesas não chegam a tomar 30% do orçamento familiar. Quanto mais ascende socialmente, menos o maringaense gasta com alimentos, em termos percentuais. A classe E dispende 23,3% com comida. A classe D gasta 24,2%, a classe C2, 22,7%, a classe C1, 20,3%, a classe B2, 18,2%, a classe B1, 14%, a classe A2, 12,29 e a classe A1, apenas 7,8%.

Para o diretor da Target Marketing e responsável pelo estudo Brasil em Foco, Marcos Pazini, o forte peso da moradia e alimentação no orçamento doméstico prejudicam setores da economia, como os estabelecimentos ligados à educação. "Atualmente, a preocupação do chefe da família com educação diz respeito à compra de um computador para que os filhos tenham acesso à internet e melhorem sua condição de estudo na escola pública", afirma Pazzini.

O investimento em educação aumenta na medida em que o maringaense ascende socialmente. Ao conseguir mais renda, as famílias de Maringá também gastam mais com cultura e viagens. Os mais ricos gastam 11 vezes mais com mensalidades e matrículas do que os mais pobres. Com viagens, os gastos são 4,3 vezes maior. Recreação e cultura movimenta mais de R$ 58 milhões entre as classes A e B de Maringá. Na classe E, o gasto com lazer é de apenas R$ 69 por família.

O cálculo feito pela Target Marketing é baseado em informações e pesquisas oficiais, como o Censo e a Pesquisa de Orçamentos Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Jornal O Diário. Link para notícia original: http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/198652/web/2906526

Postagem: Cris, PUC, Direito, 2o B

Um comentário:

Anônimo disse...

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